Em greve por tempo indeterminado desde o início da manhã desta terça-feira (17) os agentes e escrivães da Polícia Civil já fazem o primeiro balanço da paralisação. Reunidos em assembleia permanente na sede do SINPOL/RN, na Cidade Alta, eles avaliaram no final desta tarde que a adesão é maciça. A conclusão foi dada após representantes de grupos que realizaram piquetes e rondas durante este dia apresentarem relatos sobre as visitas às delegacias da capital.
Segundo informou o comando grevista, a maioria das unidades visitadas tinha apenas delegados responsáveis, profissionais estes que não fazem parte da greve. A visita também cumpre o objetivo de ampliar a mobilização da categoria, que também conta com boa adesão no interior, especificamente na região de Mossoró, onde a filial do SINPOL/RN também está em assembleia permanente.
A GREVE
Com a paralisação, ficam garantidos apenas os procedimentos de flagrante delito, realizados na Grande Natal pelas Delegacias de Plantão das zonas Sul e Norte, e no interior pelas Delegacias Regionais. Ficam suspensos: confecção de Boletins de Ocorrência, realizações de investigações, emissões de certidões e atestados, assim como os encaminhamentos de inquéritos à justiça.
PAUTA
Os policiais reivindicam junto ao Estado: cumprimento da lei 417/10, que estabelece a implantação do Plano de Cargos dos agentes e escrivães e que deveria ter sido implementado em abril passado; retirada total dos presos das delegacias (capital e interior); substituição das “quentinhas” pelo vale-refeição; serviço de limpeza para as delegacias; regulamentação do livre acesso dos policiais civis aos locais sujeitos a fiscalização da polícia; nomeação dos aprovados no último concurso (2009); e reforma do Estatuto da Polícia Civil (Consepol e parte disciplinar)
