terça-feira, 12 de junho de 2012

PT e PSDB traçam estratégias para depoimentos de governadores na CPMI do Cachoeira


Carlinhos Cachoeira


Os líderes do PSDB e do PT começam a preparar suas bancadas para os depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. O primeiro a depor, nesta terça, será Perillo.

Os petistas estão preparados para cobrar esclarecimentos sobre a venda da casa do governador goiano, local onde o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso pela Polícia Federal acusado de explorar jogos ilegais e subornar agentes públicos. Diversas pessoas envolvidas na venda da casa prestaram depoimentos contraditórios para os parlamentares sobre a negociação de compra e venda da casa do governador.

Após reunião com as bancadas do partido na Câmara e no Senado, o líder do PT, deputado Gilmar Tatto (PT-SP), disse que os petistas irão insistir na proximidade de Marconi Perillo com Cachoeira.

“Eu sei que é difícil explicar essa relação íntima que ele tem com o Carlinhos Cachoeira, que é o chefe do crime organizado em Goiás. Até porque, se existia a contravenção no estado de Goiás, a responsabilidade de combatê-la é do governador. Os delegados que vieram prestar esclarecimentos aqui na CPMI disseram claramente: o governador Marconi Perillo vendeu a casa dele para o Cachoeira. O Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal na casa que era do governador”, declarou.

Já os parlamentares tucanos tentam desconstruir as denúncias sobre as relações de Perillo com Cachoeira e buscar denúncias antigas para embasar o ataque a Agnelo Queiroz. Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), não há contradição entre a explicação dada pelo governador goiano para a venda da casa e os depoimentos prestados até agora na CPMI.

“O que eu tenho ouvido é uma só versão insistentemente repetida: o governador vendeu para o ex-vereador Wladmir Garcez e recebeu em cheque. Garcez vendeu para Walter Paulo, que pagou em dinheiro. Só há uma versão. Se é um negócio lícito ou não, certamente a CPMI terá oportunidade de julgar quando votar o relatório final”, ressaltou o líder tucano.

Dias garante que o partido vai procurar ser imparcial e não atacar o governador petista gratuitamente em seu depoimento na CPMI. Mas usou um tom irônico ao se referir às explicações que Agnelo terá que oferecer aos parlamentares em seu depoimento. “Não há espaço para agressão desnecessária. O questionamento tem que ser duro, todos os fatos revelados devem ser investigados e nós vamos dar oportunidade ao governador de Brasília de esclarecer todas as denúncias que pesam contra ele. Aliás, uma enxurrada de denúncias há vários anos, antes de ser governador, depois de governador, denúncias velhas, denúncias novas. Ele terá certamente a oportunidade de responder”, disse o senador.

via Agência Brasil

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