Vez por outra emerge o tema da suposta candidatura do deputado federal Henrique Alves para o Governo do Estado.
Ora são sinceros correligionários, ora discretos apoios até do Presidente Lula, da Governadora Vilma, do Senador Garibaldi Filho, do PMDB, dos aliados da Unidade Potiguar os deputados federais João Maia, Fábio Faria e Robinson Faria, do PT etc etc etc.
Dizem que seria o nome para unir a todos e formar aqui a mesma estrutura partidária e eleitoral que respaldará a candidatura da Ministra Dilma Roussef.
Que o seu partido firmou um pré-compromisso com o PT para casamento numa chapa presidencial.
Que o deputado está no melhor momento da sua longeva vida pública; que vem desfrutando de prestígio no plano federal; que esse prestígio tem permitido resolver problemas; que mudou pra melhor o perfil como político; que tornou-se mais agregador e conciliador; que o trabalho como parlamentar aparece em Brasília e aqui no Estado.
E que o maior defeito é falar demais ao celular.
Há também a informação de que o projeto de Henrique Eduardo Alves é a Presidência da Câmara Federal, depois da sua décima primeira eleição para a casa legislativa.
Mas de que forma o nome do deputado poderia ser viabilizado politicamente para sair candidato a Governador?Sendo o candidato ao Governo pela estrutura do Governo.
Óbvio, elementar.Estrutura de sustentação que a cada dia mostra pedaços se despregando, como sintomas de uma fadiga de materiais.Na oposição, o nome da Senadora Rosalba Ciarlini, do DEM, já ocupou todos os espaços.
Não há como articular um discurso de oposição se o tom do deputado federal até agora é de unir a base do Governo.Sugiro, apenas por impressão, que se faça uma ação simples, pra não perder tempo: perguntar ao Vice-Governador Iberê Ferreira de Souza se ele retira sua pretensão de se candidatar ao Governo do Estado pra apoiar o nome do deputado do PMDB.
A tese só teria a mínima chance política de prosseguir se o sinal de Iberê for positivo.Que fará isso logo, ainda este ano, para dar tempo de preparar uma pré-campanha junto aos correligionários, analisar as questões municipais, os conflitos de interesses, arrumar a tropa de combate, apresentar a estrutura disponível.
A fixação do nome pelo Governo chegaria com bastante atraso em relação aos quilômetros já percorridos pela principal candidatura da oposição.
Uma campanha de Governador não é feita somente de simpatias, desejos e boas intenções.
E que o Vice-Governador não ficará constrangido, nem ressentido, magoado, travado por uma suposta articulação para derrubar sua legítima e natural candidatura, enquanto se mantiver sentado na cadeira.
Pensar em abater a candidatura ou minimizar a importância do Vice-Governador na luta não é uma boa estratégia.
E que ele, Iberê, será o coordenador geral da campanha do deputado do PMDB, chamando pra si a responsabilidade de unificar a base governista em torno do nome.
Não se trata tanto de saber se Garibaldi vai ficar com Vilma ou vice-versa.
É também saber se todos terão o apoio de Iberê.
Não creio que o Rio Grande do Norte parta para duas candidaturas de oposição e que elas sejam viáveis eleitoral e politicamente.
Neste caso, sem ouvir o Vice-Governador, é a mesma história da piada: combinaram com os russos?
O russo é Iberê.
Fora disso, o Fator RRH acha que é só "folquilore".