Sucessão estadual é algo que precisa ser tratado como uma história própria. Mas ao mesmo tempo não é um enredo-estanque.
Não nasce e acaba em si.
Vejo com considerável regularidade um eco falando que a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) é imbatível.Também é comum se afirmar que vencerá logo no primeiro turno.
Confesso que não sei que bola de cristal tem sido utilizada para assegurar essas assertivas. Se forem as mesmas que garantiam a eleição de Fernando Bezerra a governador em 2002 e Garibaldi Filho (PMDB) em 2006, é bom cuidado.
O que 2010 reserva é nebuloso. Turvo.
Em cada município existe uma realidade própria. Não se sabe a influência da disputa presidencial na campanha estadual. A maior parte do eleitor está indesiva, não possui candidato.
Hoje temos muito mais interrogações do que respostas.
Insofismável que Rosalba é, na atualidade, a favorita ao governo. Porém o percentual de 40% de intenções de voto (o que várias pesquisas mostraram), não representa folga. Pode até alimentar o que é entorpecente em qualquer prélio: a soberba.
O governismo, nas mesmas pesquisas conhecidas, sempre empata e até ganha numericamente de Rosalba, quando somada a intenção de votos dos seus pré-candidatos.
Ninguém pode ignorar essa verdade.
Quem quiser que se iluda.
Quem quiser que delire.
A campanha real não permite passionalidade. Rosalba pode estar na boca do povo, mas só será eleita na boca da urna.
Como dizem os chineses: "Não existe inimigo pequeno". Todos merecem respeito.
Carlos Santos.