A “Folha de São Paulo” acusou a candidata ao governo do Rio Grande do Norte Rosalba Ciarlini (DEM), de usar verba pública en sua campanha.
Segundo o jornal, Rosalba teria empregado verba do seu gabinete para pagar ao jornalista Alexandre Mulatinho, da Mixmidia, empresa que presta serviços de assessoria de imprensa a sua campanha. A senadora negou.
Confiram trechos da reportagem:
Senadores que são candidatos usaram dinheiro público para fazer campanha nos Estados. Contratam empresas de consultoria e de vídeo, assessores de imprensa que respondem pela candidatura e usam servidores em atividades eleitorais.
Além do salário de R$ 16,5 mil, os senadores recebem a chamada “verba indenizatória” de R$ 15 mil mensais. O dinheiro, que não pode ser usado em campanhas, tem destino específico: cobrir os gastos na atividade parlamentar, como transporte e manutenção de escritório nos Estados.
As despesas devem ter notas fiscais, que podem ser apresentadas até 90 dias após o gasto.
A Folha analisou as prestações de contas dos senadores disponíveis na internet no Portal da Transparência da Casa desde abril de 2009.
Dos 49 senadores-candidatos, 30 declararam gasto somado de R$ 129,5 mil em despesas com alimentação, transporte e contratação de serviços de consultoria, pesquisas e trabalhos técnicos para apoio da atividade parlamentar em julho. O gasto total foi de R$ 266,7 mil.
Candidata ao governo do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM) também recorreu à verba pública para pagar um coordenador da assessoria de imprensa da campanha. Repassou em junho e julho o total de R$ 9.600 a Alexandre Ferreira Mulatinho, dono da Mixmídia.
O contrato foi firmado em março: R$ 4.800 mensais até fevereiro de 2011. Antes disso, ele já prestava serviços para Ciarlini por R$ 2.000 mensais.
Rosalba Ciarlini, também por meio da assessoria, confirmou o contrato com Alexandre Mulatinho, mas afirmou que nem ele nem a empresa vão receber verba indenizatória durante a campanha eleitoral.
De acordo com a senadora, a empresa realizou serviços referentes ao mandato parlamentar que foram interrompidos em julho –apesar de o contrato ainda estar em vigor no momento.