sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Empresa aproveita mão de obra carcerária de apenados do CDP de Apodi

APODI – Enquanto poucas empresas contratam detentos por causa do preconceito, em Apodi, a Cristalina do Oeste, que atua no campo da industrialização de água mineral, vem contribuindo para a ressocialização dos apenados do Centro de Detenção Provisória de Apodi (CDP), aproveitando a mão de obra carcerária, contratando os reeducando que cumprem pena no regime semi-aberto na Comarca apodiense.

De acordo com o gerente da Cristalina do Oeste, empresário Bráulio Ribeiro, as contratações são realizadas de acordo com as necessidades da empresa. “Já fizemos várias contratações e posso dizer que até agora nem um dos reeducandos que contratamos causou problemas, muito pelo contrário, a exemplo dos demais funcionários, eles têm mostrado determinação e vontade de trabalhar”, comentou. Atualmente, no Centro de Detenção Provisória de Apodi (CDP) existem cerca de 30 apenados cumprindo pena no regime fechado e 12 no semi-aberto. Todos recebem tratamento digno. Todos os Agentes Penitenciários da unidade tem trabalhado pela ressocialização dos apenados. O CDP de Apodi é coordenado pelo agente Airton Lucena do Carmo, que com o apoio de todos os agentes tem realizado uma excelente gestão.
 
Para o empresário Bráulio Ribeiro, "a sociedade precisa dar oportunidade ao preso do semi-aberto, pois assim ele volta a ser um cidadão e ser útil à sociedade, creio que discriminando a situação pode piorar".

Quase todo apenado do CDP de Apodi, quando muda do regime fechado para o semi-aberto, tem emprego garantido na Cristalina do Oeste, basta apenas ter bom comportamento carcerário.

“A idéia do aproveitamento da mão de obra carcerária em Apodi surgiu a partir de entendimentos da nossa empresa com o agente penitenciário Marcio Morais que atua no CDP de Apodi, sempre ele tem encaminhado os apenados e nos realizamos a contratação, mas o nosso desejo é ampliar essa parceria com a participação da Secretaria de Justiçae Cidadania, Ministério Público Estadual e do Poder Judiciário”, concluiu Bráulio Ribeiro.
 
Por Márcio Morais.

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