O òbvio via Carlos Santos.
Rosalba Ciarlini e Robinson poderão se enfrentar num
cenário que não anima eleitorado potiguar.
Faltando cerca de um ano e meio para a campanha ao Governo do Estado em 2014, é precipitado se falar em favoritismo de algum nome ou apontarmos – por exemplo – que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) está alijada do processo, em face de uma gestão até o momento sem rumo e sem prumo.
Alto lá.
Robinson e Rosalba - sincera hipocrisia mútua |
Essas máquinas políticas, versão “total-flex”, são especialistas num mimetismo que confunde até mesmo os seus eleitores. Tudo em nome da sobrevivência num teatro de guerra em que o amigo de hoje pode se transformar em adversário de amanhã.
Olhando assim a distância, o que parece ser a oposição basicamente se mexe com o vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD). Ele finalmente empina postulação própria a governador, depois de se revelar um excelente aliado à combustão de Wilma de Faria (PSB) e Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo.
Mas é precipitado lhe conceder a perigosa condição de “favorito”.
Na verdade, Robinson faz-se viável muito mais pelo o que o Governo Rosalba Ciarlini não consegue ser, do que pelo o que ele imagina que é.
O vice-governador rompeu com o governo antes do primeiro ano de gestão. A partir daí, ficou estacado na oposição ao esquema que ele ajudou a entronizar no poder.
Até a disputa de 2014, por mais que consiga amealhar apoios, o vice-governador dependerá – e muito – da performance do governo que ele resolveu renegar.
A pré-campanha será crucial para os propósitos de Robinson, como foi decisiva à vitória de Rosalba em 2010.
Robinson sabe bem disso.
Ele rompeu com o governismo capitaneado por Wilma, proporcionando à Rosalba um capital importante com seu apoio, além de subtração direta nas forças governistas que terminou lançando o então vice-governador Iberê Ferreira (PSB) candidato a governador.
Para a corrida eleitoral de 2014, a história parcialmente se repete.
Rosalba trabalha para não sofrer desnutrição, principalmente com a hipotética saída do PMDB de sua base aliada. Robinson sonha em atrair a simpatia dos insatisfeitos com o governo e de representar a esperança de mudança (sempre essa palavrinha mágica e surrada), em contraponto ao que a governadora tem representado.
Surpresas
Nesse enredo podem surgir surpresas. Por enquanto, ninguém tem robustez para ser um elemento catalisador das multidões.
Temos, mesmo, é uma multidão de incrédulos e desapontados. Robinson não é popular nem populista. Rosalba definha na governadoria.
Mas é improvável ou pouco provável, como queira, que tenhamos duas candidaturas de oposição à Rosalba. Ninguém descarte que o nunca surpreendente PMDB faça outro movimento brusco e, dessa feita, aposte numa postulação própria.
O que vai ocorrer com a pré-candidatura do deputado Henrique Alves (PMDB) à presidência à Câmara Federal, acaba tendo conexão direta com a política de alianças no Rio Grande do Norte.
Robinson pode ser abraçado pelo PMDB, obtendo seu apoio. O PMDB, desgarrado do governismo, o puxaria para um chapão, com outro papel. Vice novamente? Quem sabe?
O prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) não estão na mesa de apostas como candidatos ao governo. O senador-ministro Garibaldi Filho pode desembarcar na pista e alterar essa bipolarização Robinson-Rosalba.
Carlos tem a missão hercúlea de ser o reconstrutor de Natal, o que adiante lhe renderia popularidade a projeto de maior envergadura adiante.
Fátima sonha com o Senado. Se der, ótimo. Não se viabilizando, não terá dificuldades na reeleição à Câmara Federal.
Garibaldi há tempos que se desinteressou pelo governo rosalbista. Se for candidato, mela também projeto de Robinson. Aí sim, surgiria alguém com a aura de favorito.
Sobrou mais quem para enfrentar Rosalba e a máquina do governo, mesmo que cabaleante?
Dessa distância, ajustando bem o periscópio, quase nada mais é possível ser detectado. Quadro revela como há um empobrecimento de nomes e uma esqualidez de projetos alternativos à gestão da coisa pública.
É algo desolador.
Isso é ótimo para Rosalba. Só depende dela emergir. Do outro lado, quase nada lhe intimida e impõe-lhe uma suposta derrota antecipada. Se não sofrer baixas no elenco de forças que sustentam o governo, continuará viva.
Seu maior adversário não é Robinson: é seu próprio modelo de gestão político-administrativa.
Robinson, em resumo, não depende só de si. Seu cabo-eleitoral (indireto) principal é Rosalba, a quem ajudou. Ele acena como antítese dessa forma de governar; seria uma negação à “Rosa”.
Diante de tantas incertezas, um slogan do deputado Tiririca (PR-SP), na campanha eleitoral de 2010, faz o norte-rio-grandense pensar alto: “Pior não fica”.
Será?
Até a disputa de 2014, por mais que consiga amealhar apoios, o vice-governador dependerá – e muito – da performance do governo que ele resolveu renegar.
A pré-campanha será crucial para os propósitos de Robinson, como foi decisiva à vitória de Rosalba em 2010.
Robinson sabe bem disso.
Ele rompeu com o governismo capitaneado por Wilma, proporcionando à Rosalba um capital importante com seu apoio, além de subtração direta nas forças governistas que terminou lançando o então vice-governador Iberê Ferreira (PSB) candidato a governador.
Para a corrida eleitoral de 2014, a história parcialmente se repete.
Rosalba trabalha para não sofrer desnutrição, principalmente com a hipotética saída do PMDB de sua base aliada. Robinson sonha em atrair a simpatia dos insatisfeitos com o governo e de representar a esperança de mudança (sempre essa palavrinha mágica e surrada), em contraponto ao que a governadora tem representado.
Surpresas
Nesse enredo podem surgir surpresas. Por enquanto, ninguém tem robustez para ser um elemento catalisador das multidões.
Temos, mesmo, é uma multidão de incrédulos e desapontados. Robinson não é popular nem populista. Rosalba definha na governadoria.
Mas é improvável ou pouco provável, como queira, que tenhamos duas candidaturas de oposição à Rosalba. Ninguém descarte que o nunca surpreendente PMDB faça outro movimento brusco e, dessa feita, aposte numa postulação própria.
O que vai ocorrer com a pré-candidatura do deputado Henrique Alves (PMDB) à presidência à Câmara Federal, acaba tendo conexão direta com a política de alianças no Rio Grande do Norte.
Robinson pode ser abraçado pelo PMDB, obtendo seu apoio. O PMDB, desgarrado do governismo, o puxaria para um chapão, com outro papel. Vice novamente? Quem sabe?
O prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) não estão na mesa de apostas como candidatos ao governo. O senador-ministro Garibaldi Filho pode desembarcar na pista e alterar essa bipolarização Robinson-Rosalba.
Carlos tem a missão hercúlea de ser o reconstrutor de Natal, o que adiante lhe renderia popularidade a projeto de maior envergadura adiante.
Fátima sonha com o Senado. Se der, ótimo. Não se viabilizando, não terá dificuldades na reeleição à Câmara Federal.
Garibaldi há tempos que se desinteressou pelo governo rosalbista. Se for candidato, mela também projeto de Robinson. Aí sim, surgiria alguém com a aura de favorito.
Sobrou mais quem para enfrentar Rosalba e a máquina do governo, mesmo que cabaleante?
Dessa distância, ajustando bem o periscópio, quase nada mais é possível ser detectado. Quadro revela como há um empobrecimento de nomes e uma esqualidez de projetos alternativos à gestão da coisa pública.
É algo desolador.
Isso é ótimo para Rosalba. Só depende dela emergir. Do outro lado, quase nada lhe intimida e impõe-lhe uma suposta derrota antecipada. Se não sofrer baixas no elenco de forças que sustentam o governo, continuará viva.
Seu maior adversário não é Robinson: é seu próprio modelo de gestão político-administrativa.
Robinson, em resumo, não depende só de si. Seu cabo-eleitoral (indireto) principal é Rosalba, a quem ajudou. Ele acena como antítese dessa forma de governar; seria uma negação à “Rosa”.
Diante de tantas incertezas, um slogan do deputado Tiririca (PR-SP), na campanha eleitoral de 2010, faz o norte-rio-grandense pensar alto: “Pior não fica”.
Será?
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