Os quase 60 reservatórios monitorados pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos têm capacidade para acumular 4,98 bilhões de metros de água, equivalentes a duas barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Depois de dois anos de seca, as reservas estão na menor quota desta década: 1,63 bilhão, ou 32% pelos números oficiais.
Bacia do Piranhas, cuja água abastece uma população estimada de 300 mil pessoas e é usada na agricultura irrigada do Vale do Açu, está com apenas 952 milhões de um total de 3,27 bilhões de metros cúbicos. Açudes como Pataxó, em Ipanguaçu; Passagem das Traíras, em São José do Seridó; Dourados, em Currais Novos e Zangarelhas em Jardim do Seridó estão praticamente secos. O Gargalheiras, que gera belas imagens em anos de bons inverno, está hoje com pouco mais de 11% da capacidade, que é de 44 milhões de metros cúbicos.
A segunda maior bacia hídrica do RN, Apodi/Mossoró, tem apenas 503 milhões de metros cúbicos, menos da metade da capacidade de 1,2 bilhão. Os reservatórios usados pela Caern para abastecer Pau dos Ferros, Pilões, Lucrécia, Patu e Tenente Ananias também secaram.
A situação melhora nas bacias mais próximas da faixa litorânea, onde a média histórica de chuvas é duas vezes maior que às do semiárido. Medições da sexta-feira, 28/02, mostram que a Lagoa de Extremoz está hoje com 9 milhões de metros cúbicos (82,2%) e a do Bonfim com 53,3 milhões (63,3%).
*Blog do JP
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