
Decidido. O Diretório Estadual do
Democratas no Rio Grande do Norte (DEM-RN) decidiu na manhã desta
segunda-feira (2) não lançar candidatura própria ao Governo do Estado e,
portanto, formar aliança na chapa proporcional para as eleições de
outubro.
O partido vai compor coalizão com o
PMDB, em torno da candidatura ao Governo do Estado do presidente da
Câmara Federal, Henrique Alves (PMDB), que terá o também deputado
federal João Maia (PR) como candidato a vice e a e-governadora Wilma de
Faria (PSB) na disputa de uma vaga ao Senado.
A
votação, que ocorreu na sede do partido em Natal, teve o seguinte
resultado: dos 59 votantes, 45 optaram para que o Democratas faça
coligação na chapa proporcional, 10 votaram favorável para que a legenda
forme uma chapa majoritária. Houve duas abstenções, um voto em branco e
um voto nulo.
No próximo dia 15, será realizada a
convenção estadual do DEM, na sede do partido – Avenida Amintas Barros,
4448, no bairro de Morro Branco, em Natal.
Choro
Durante a reunião, o presidente
estadual do partido, senador José Agripino, facultou a palavra aos
diretorianos. A governadora Rosalba Ciarlini no uso da palavra, fez um
balanço da sua administração e expôs o desejo de ser candidata à
reeleição.
Chegou a se emocionar, em lágrimas.
Em seguida, a chefe do executivo se
absteve de votar e deixou a reunião na companhia de seus assessores,
entre eles o marido e secretário-chefe do Gabinete, Carlos Augusto
Rosado (DEM). Alegou que o encontro do diretório não deveria definir os
rumos do partido.
A estratégia do seu grupo era levar a
decisão para o final do mês, na convenção estadual. Hoje, a intenção era
ganhar mais tempo para se amealhar votos dos membros do diretório.
Carlos sem crédito
Há vários dias que o próprio Carlos
Augusto trabalhava diretamente a cooptação de votos para derrubar a
proposta de veto à candidatura própria. Não conseguiu convencer a
maioria, mesmo com “fortes argumentos”.
Através de contatos telefônicos, em
reuniões na Governadoria (bairro Lagoa Nova) e na Residência Oficial do
Governo (bairro de Morro Branco), ele tentou vender imagem da
viabilidade eleitoral da mulher.
Os números da própria reunião de hoje,
na sede do DEM na Amintas Barros, deixou claro que Carlos e Rosalba
perderam o que tinham de razoável capital na época de gestões municipais
(em Mossoró): a credibilidade. Pouca gente acredita no que eles dizem
ou prometem.
Força do partido
“Meu papel era ouvir o partido, o que fiz aqui hoje. É minha obrigação defender que ele (o partido) sobreviva”, declarou.
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| Agripino: Prioridade Nacional |
Ao falar com jornalistas após a reunião,
o senador lembrou ainda o compromisso firmado com membros do partido
nacionalmente, durante reunião em janeiro de 2013, em Salvador (BA), de
que a prioridade para 2014 seria a ampliação do Democratas nas esferas
estadual e federal.
Falta de apoio
“Nós nos reunimos em Salvador com
representantes de todas as regiões do país e nesse encontro decidimos
que a meta para 2014 era fazer o partido ampliar sua representatividade
nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional”, justificou.
O ex-deputado federal Ney Lopes chegou a
ser uma voz mais ativa na defesa de Rosalba, considerando que processo
de inelegibilidade dela seria superável, no âmbito do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Mas a falta de apoio das bases, do
próprio partido e de interesse de outras siglas, é que formavam a maior
dificuldade para Rosalba. Constantes pesquisas apontam reprovação maciça
a seu governo – de forma praticamente uníssona, em todo o estado. Até
mesmo em Mossoró – seu berço político – sua situação não é favorável.
Por Carlos Santos

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