segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Encontro de Lula com Sarney pode acabar com candidatura de Garibaldi

O ESTADO DE SÃO PAULO - Depois de quase duas semanas em férias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma sua agenda política em Brasília e pode se reunir nesta segunda, 12, com o senador José Sarney (PMDB-AP) para definir o quadro eleitoral no Senado.A expectativa de aliados do senador é de que, nesse encontro reservado, ele finalmente confirme a Lula o desejo de retornar ao comando da Casa a partir do dia 2 de fevereiro.Com uma condição: desde que seu nome seja consenso entre os partidos e tenha a benção do próprio Lula.O resultado dessa conversa será decisivo para que, amanhã, em reunião com os ministros da coordenação política do governo, o presidente possa traçar a estratégia a ser adotada pelo Planalto nos próximos 20 dias, que antecedem as eleições dos presidentes da Câmara e Senado.Lula quer evitar uma nova crise no Congresso por causa de disputa nas eleições das duas Casas.Na conversa com Lula, Sarney deve traçar um quadro positivo das sondagens feitas entre a base aliada e a oposição. O maior obstáculo é o PT, que lançou o senador Tião Viana (AC).Os aliados de Sarney não acreditam em rebelião de senadores petistas: "O PT tem interesse na normalidade política do País", disse um ministro do PMDB. Nesse caso, a expectativa é que Lula compense Tião Viana com um cargo de destaque e o Ministério da Saúde já foi cogitado.Outro empecilho a remover é o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que se lançou à reeleição. A oposição argumenta que sua eventual reeleição poderá ser questionada na Justiça, trazendo crise política.A oposição, por sua vez, estranha o fato de Lula não ter rebatido até agora a candidatura de Garibaldi, que inclusive prega a independência do Legislativo.Segundo senadores do DEM, a eventual reeleição de Garibaldi vai desgastar o Congresso e dar argumentos favoráveis ao terceiro mandato do Presidente da República.Se for reconduzido, Garibaldi poderia se reeleger em 2011, quando começa uma nova legislatura. Para a oposição, Lula teria aí um argumento forte: usar o exemplo de Garibaldi e atribuir a iniciativa do terceiro mandato ao próprio Congresso.

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