quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Rosalba mantém "Fafá" a distância e evita se comprometer




Não há força humana, extraterrestre ou paranormal que consiga extrair um depoimento analítico e técnico, da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), sobre a gestão desastrosa de sua sucessora na Prefeitura de Mossoró.

A prefeita Fátima Rosado (DEM), apoiada por Rosalba com a promessa - em duas campanhas - de ser a "continuidade" de sua gestão, movimentou mais de R$ 1,250 bilhão em seus quatro primeiros anos de governo.

A expectativa é gerir cifras ainda maiores no segundo mandato.Mesmo assim e tendo recebido uma prefeitura "enxuta", conforme anunciado à época, conseguiu o feito de desequilibrar as contas e comprometer praticamente todos os serviços básicos.

Sem contar que reduziu o ganho salarial de servidores e limitou investimentos.As principais obras da administração decorrem de recursos federais e do Estado.

Rosalba tem pesquisa em mãos mostrando que a rejeição ao governo atinge números espantosos. Seu temor é de ser contaminada.

A estratégia do marketing da pré-candidata é evitar identidade com o governo, de modo a se induzir a opinião à comparação e nunca à associação da sucessora com a senadora.

A ordem é manter certa distância e boca calada."Fafá", nome político que a prefeita Fátima adotou, é hoje uma ameaça para o grupo do qual Rosalba faz parte e à própria trajetória oligárquica do clã Rosado, hoje dividido em dois blocos.

Ela trincou as quatro pilastras da mitologia política que desde 1948 ocupa o topo do poder local: aura da "vocação política", "espírito público", "capacidade administrativa" e "honradez".Depois que Fafá e sua patota passarem, como cavaleiros do apocalipse, o trabalho dos Rosado será de exumação e restauração.

Não é fácil recompor uma terra arrasada.Marcadores:

Opinião da Coluna do Herzog