Nesta quarta feira, 10, o Partido dos Trabalhadores completa 30 anos. É difícil listar as mudanças operadas no país, desde os anos 80, sem fazer menção ao PT. Sua emergência e a intensa mobilização ficaram gravadas na história como a década de ouro da organização e politização de amplos segmentos das classes trabalhadoras e populares. Esse é um dos elementos constitutivos do patrimônio histórico, teórico e político que acumulamos nesses 30 anos.
No decorrer do percurso, uma revolução democrática mudou a sociedade brasileira. Cultura, educação, feminismo, família, trabalho, tecnologia, tudo mudou no período. A constatação é mais evidente quando se remete ao mundo da política, onde as mudanças foram mais expressivas e surpreendentes.
O PT incorporou grandes contingentes populacionais à política, dando início a uma escalada de mudanças, expressas na ampliação da cidadania, bem como no esforço para romper com as desigualdades sociais que desde sempre penalizaram nosso povo. O projeto democrático popular vem transformando o país. Basta ter olhos para comparar os dados e indicadores.
O PT chega aos 30 anos altivo, assumindo suas raízes, reconhecido como um dos maiores partidos do mundo e imbuído da urgência de construir um novo futuro para todos os brasileiros. Nesta caminhada a militância petista teve e tem um papel especial. Tenho orgulho de integrar este projeto e seguir ajudando a edificar uma nação democrática, igualitária, com justiça social e oportunidades para todos, independente de gênero, raça e classe social.
Este ano, temos um enorme desafio: escolher entre a gestão neoliberal que defende o Estado mínimo e aposta no mercado como um Deus salvador da pátria, ou apoiar o projeto de desenvolvimento nacional em curso, com distribuição de renda, milhares de emprego, educação de qualidade e inclusão social. Tomando as medidas adequadas, o presidente Lula desbancou a oposição raivosa que via na crise a derrocada do país e a oportunidade de derrotar nosso governo.
Nossos esforços se voltam para a construção da vitória da candidata de Lula, que também é a nossa, a Ministra Dilma Roussef. Cabe ao PT a tarefa de viabilizar a composição de um bloco de forças progressistas, com perfil de ‘centro esquerda’ que articule os partidos da base aliada do presidente Lula, os movimentos sociais e as forças vivas da sociedade com vistas à continuidade do projeto que já tirou 25 milhões de pessoas da miséria.
Com Dilma na presidência temos a certeza de que, enfim, a Reforma Política seja levada a sério. E que as campanhas políticas se utilizem de financiamento público e sejam adotadas as listas partidárias fechadas, com alternância de gêneros.
Quero me dirigir à militância petista e enviar meu abraço a todos os companheiros e companheiras que construíram o Partido do Trabalhadores no RN e persistem na luta cotidiana por uma sociedade inclusiva, sem desigualdades, com justiça social. Saúdo também os novos filiados, que em algum momento desses 30 anos passaram a integrar as fileiras petistas, movidos pelo desejo de construir um país generoso e solidário, onde todos tenham oportunidades iguais.
Fátima Bezerra
