O deputado Henrique Eduardo Alves me ligou hoje à tarde (20) para dizer que não "interfere" na eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa e, sim, foi convocado pelos deputados do PMDB para discutir a presença do partido no futuro comando da casa.
Henrique disse que sua participação é legítima como líder estadual do PMDB que atende uma "convocação" dos seus pares.
O parlamentar informou que, inicialmente, nem queria participar do processo de definição da presença do partido na mesa da AL, mas recebeu um apelo dos deputados Nélter Queiroz, Hermano Moraes e Poti Cavalcanti, seus apoiadores na última campanha eleitoral, para que conduzisse as conversas com os demais partidos.
Henrique Alves disse que o PMDB é o partido com maior número de deputados na futura legislatura estadual e que poderia pleitear até a presidência da AL.
"Mas o partido se dividiu na campanha e é natural que a presidência da Assembleia fique com um dos partidos mais sintonizados com a governadora eleita, no caso, o PMN", declarou ele confirmando o entendimento em torno da eleição do deputado Ricardo Motta (PMN) para presidente da Assembleia Legislativa.
"Portanto, é natural que o PMDB, definido o cargo de presidente, possa escolher o espaço que achar conveniente para o partido. E este cargo é o da primeira-secretaria da casa. Disso eu não abro mão e o partido também. O PMDB tem de ser respeitado", continuou.
Henrique me disse que a escolha será feita em reunião na casa dele, na próxima segunda-feira, conforme o combinado com a bancada do PMDB formada pelos deputados Nelter Queiroz, José Dias, Walter Alves, Hermando Moraes, Poti Cavalcanti e Gustavo Fernandes.
Henrique me disse que os três nomes mais cotados para ocupar a primeira-secretaria da AL são Nélter Queiroz, Poti Cavalcanti e Hermano Moraes. "Se não houver consenso, vamos colocar um papelzinho com todos os nomes e fazer a escolha. Mas teremos um nome escolhido após a reunião", garantiu o líder do PMDB.
Henrique Eduardo disse ainda que negar a primeira-secretaria ao PMDB, maior partido na futura legislatura, é agir de forma anti-democrática e anti-ética. E citou o exemplo das eleições na Câmara dos Deputados e no Senado Federal em que prevalece o tamanho das bancadas na ocupação dos espaços na mesa e nas comissões permanentes e temáticas.
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