segunda-feira, 13 de maio de 2013

Se Campos for candidato a presidente, Wilma deve abrir mão de candidatura ao governo


Atrás de Garibaldi Alves Filho, Wilma de Faria é uma das lideranças mais citadas para o governo do Estado nas eleições do próximo ano. Isto é o que dizem as pesquisas para consumo interno dos partidos.
Wilma é candidatíssima ao governo, apesar de dizer que pretende apenas uma cadeira na Câmara dos Deputados. Pode ser. Mas ela mira no governo.
 
No cenário da sucessão de Rosalba, Wilma de Faria deve ver apenas dois empecilhos: a hipotética candidatura de Garibaldi Filho ao governo e o projeto presidencial de Eduardo Campos, líder nacional do PSB.

O primeiro [candidatura de Garibaldi], ela já está monitorando em conversas estratégicas com o deputado Henrique Eduardo Alves [conversas dela e de políticos do PSB ligados a ela, como Iberê e Tomba Farias].

O segundo empecilho é mais complicado e independe da vontade dela. O projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pode inviabilizar o da professora Wilma ao governo.

Se você prestar atenção nas recentes entrevistas da ex-governadora, ela tem priorizado a política de alianças locais do PSB. A provável candidatura de Campos fica em segundo plano.

Por sinal, quando indagada sobre a possibilidade de o governador disputar a eleição presidencial, Wilma sempre tergiversa. Diz que ele ainda não é candidato e ressalta que o PSB á aliado de Dilma.

Wilma de Faria só fala em manter as conversas com o PT, PDT, PSD, PCdoB e sonha com o PMDB no bloco de oposição ao DEM no Rio Grande do Norte. É com essa turma que a ex-governadora pretende operar nas eleições do ano que vem.

E se prevalecer o projeto majoritário [governo ou Senado], Wilma [como qualquer candidato a cargo majoritário] vai precisar de uma ampla coligação.

A candidatura presidencial de Eduardo Campos deve exigir do PSB local uma candidatura própria ao governo para garantir palanque ao neto de Miguel Arraes.

Naturalmente, as atenções se voltam para Dona Wilma. Mas ela não está na idade de se aventurar. A meu ver, ela só disputará o governo se tiver chances reais de vitória.

Com Eduardo Campos na corrida presidencial, Wilma de Faria deverá abrir mão do projeto majoritária e disputar a falada cadeira de deputada federal.

Ao PSB potiguar sobraria, talvez, o nome da deputada Larissa Rosado para concorrer ao governo, como já aventou a deputada Sandra Rosado, hoje, líder do grupo.

Larissa é jovem, já contou a presença de Eduardo Campos na eleição de Mossoró [o governador pernambucano gosta da parlamentar e tem boas relações políticas com Sandra], amadurece o projeto majoritário [já disputou três eleições municipais], portanto, pode ser o melhor nome para substituir Dona Wilma na disputa de governo.

Mesmo diante de poucas chances na sucessão estadual, Larissa teria pouco a perder. O nome da parlamentar ganharia dimensão estadual e se fortaleceria para a próxima eleição em Mossoró, o que me parece, ser o foco da deputada.

Larissa pode ganhar mesmo com a derrota. Já Dona Wilma não tem tempo para perder. Ela ainda engole em seco a derrota para Garibaldi Filho e para José Agripino na eleição para o Senado. Até Natal deu as costas para Wilma.
 
Diógenes Dantas.

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