GAZETA DO OESTE – O senhor está no exercício do seu primeiro
mandato parlamentar e ocupando o importante cargo de primeiro secretário
da Mesa Diretora. Quais as suas impressões iniciais da atual
legislatura e como tem sido o seu trabalho como membro da Mesa Diretora?
GALENO TORQUATO – Minhas impressões são muito boas. Vejo um
parlamento focado em melhorar a vida do norte-rio-grandense e, por isso
mesmo, extremamente focado em analisar em profundidade os problemas do
Estado, em discutir com a sociedade e encaminhar soluções. Houve uma
importante renovação na Assembleia Legislativa, não só pelo quadro de
deputados, mas também pela composição de uma nova Mesa Diretora, o que
fez com que a Assembleia se oxigenasse mais, tendo uma melhor
desenvoltura e poder trabalhar de uma forma mais clara e objetiva pelo
Rio Grande do Norte. Nosso papel frente à Primeira Secretaria é um
trabalho feito em conjunto com o presidente da Casa e com os demais
membros para melhorarmos e darmos o andamento devido aos serviços dessa
Casa em prol da população do Rio Grande do Norte.
GO – Semana passada, o senhor apresentou pleito a Sethas,
solicitando mais um Restaurante Popular para Mossoró. Como foi a sua
conversa com a secretária Julianne Faria e qual a perspectiva em relação
à concretização da proposta?
GT – A secretária Juliane Faria, que está fazendo um bom trabalho à
frente da Sethas, foi receptiva ao meu pleito, compreendeu a sua
importância. Mossoró é uma cidade de mais de 200 mil habitantes e que
possui apenas uma unidade de Restaurante Popular. Esse foi um dos nossos
compromissos de campanha e conversando com a secretária Julianne Faria,
ela se prontificou – diante do nosso requerimento – em implantar ainda
este ano mais uma unidade do Restaurante Popular em Mossoró.?
GO – Recentemente, o senhor percorreu o Estado acompanhado
pelo secretário de Saúde, Ricardo Lagreca. Qual o panorama que o senhor
encontrou em se tratando de saúde pública no Rio Grande do Norte e o que
poderá ser feito para que este setor da gestão apresente respostas mais
efetivas ao cidadão?
GT – O Rio Grande do Norte possui 23 hospitais regionais, sendo a
maioria deles no interior. Visitamos hospitais de algumas regiões do
Estado e o que encontramos foi uma saúde descentralizada. A partir daí,
temos que analisar o perfil mais adequado para esses hospitais, fazendo a
regionalização da saúde, que é o mais importante. Com essas iniciativas
e ainda com a implantação do Hospital Terciário, estando os trâmites
para sua instalação já bastante adiantados, tenho certeza que a saúde do
Estado irá melhorar muito, além de muito em breve contarmos com a
conclusão da reforma do Hospital da Polícia.
GO – Ainda falando em saúde, como o senhor pretende utilizar o seu mandato em favor do Hospital Regional Tarcísio Maia?
GT – O Hospital Regional Tarcísio Maia é uma unidade que atende não
só a população de Mossoró, mas também toda a população do Alto e
Médio-Oeste, da região salineira, do Vale do Açu, sendo o nosso trabalho
implementar – diante disso – a melhoria, aperfeiçoamento e ampliação do
Tarcísio Maia.
GO – É de sua autoria a proposta de criação da Frente
Parlamentar da Água no Legislativo do RN. Como a frente pretende atuar e
qual o calendário de atividades da frente?
GT – Essa é uma frente formada pelos 24 deputados, independente de
partidos e posições políticas. Dentro dessa frente, terá uma comissão
formada por seis membros (três da situação e três da oposição). A partir
daí, faremos uma reunião com o Gabinete de Gestão Integrada dos
Recursos Hídricos, a seguir faremos uma reunião com a bancada federal,
que terá possivelmente à frente o deputado federal Felipe Maia, e iremos
promover audiências públicas nas regiões mais atingidas pela crise
hídrica. Nosso objetivo é fazer um diagnóstico atual, buscando dos
governos estadual e federal soluções de curto, médio e longo prazo.
GO – Hoje, em termos políticos, a base governista é minoria
no Palácio José Augusto. Como está o equilíbrio de forças na Casa e se,
realmente, existe a perspectiva de ampliação da base aliada, como se
especula na imprensa?
GT – A relação da Assembleia com o Governo do Estado está muito
tranquila, uma vez que o deputado Ezequiel – que é o presidente desta
Casa – faz parte da base governista e tem conduzido muito bem a
Assembleia em relação aos pleitos que dizem respeito ao Executivo. Além
disso, temos o governador Robinson, que foi deputado por 24 anos, foi
presidente desta Casa por oito anos, tendo desta Casa um respeito muito
grande. Hoje o Governo já tem maioria na Casa e a tendência é ampliar
cada vez mais sua base aliada.
GO – Nas últimas semanas, o governador Robinson Faria tem
feito queixas quanto a atuação dos oposicionistas em nível de RN. O sr.
concorda que existe por parte da oposição um desejo ou mesmo um trabalho
visando a desestabilização da administração do Partido Social
Democrático?
GT – Há uma evidente ação de comunicação organizada no sentido de
desgastar a nova gestão do Governo do Estado. É uma tática antiga, já
foi usada contra Wilma de Faria, ela rendeu-se a esse grupo e não
conseguiu ser eleita depois disso. A mesma estratégia foi usada contra
Micarla de Sousa, que também rendeu-se a esse grupo e não conseguiu ser
eleita depois. Algo parecido foi feito também contra Rosalba, que se
rendeu também e não conseguiu nem ser candidata na eleição passada.
Então, esse grupo político usa os meios de comunicação que possuem para
tentar sufocar as gestões do Estado e agem pensando exclusivamente em
seus interesses. Para eles, pouco importa o Rio Grande do Norte, as
necessidades do nosso povo, a falta de saúde, os problemas com a
segurança, o sucateamento completo da máquina pública. É deplorável essa
prática e eu penso que o governador Robinson Faria, em nome de todos os
norte-rio-grandense, vai ter que enfrentar também esse desafio.
GO – Aproveitando o embalo, qual a sua análise a respeito destes primeiros seis meses do Governo Robinson Faria?
GT – Para recuperar o fluxo turístico, o Governo do Estado reduziu o
ICMS do querosene de aviação e já houve um crescimento de 200% na
procura pelo destino Natal, portão de entrada no Estado. Isso significa
geração real de emprego e renda. O Governo também reformulou o Proadi e
já concedeu os benefícios a sete indústrias, garantido a geração de
empregos. Foram retomadas as obras da Barragem de Oiticica para diminuir
os efeitos da seca, atender aos municípios do Seridó, Vale do Açu e
região Central do Estado e dessa forma beneficiar mais de 500 mil
pessoas. Governo também iniciou as obras de saneamento básico que irão
beneficiar 100% de Natal. Também na saúde estão sendo realizadas
mudanças importantes que já dão hoje outro alento ao norte-rio-grandense
que precisa de atendimento médico. Então, já são muitas realizações.
Outro fato importante é que temos hoje um Governo aberto ao diálogo e ao
entendimento em benefício do RN, basta ver essa luta para trazer o hub
da TAM pra cá que conta hoje com o apoio de toda a classe política e
empresarial do Estado. O Governo trabalhou bastante nesses primeiros
seis meses, essa é a minha análise.
GO – Como está a sua parceria política com o prefeito Francisco José Júnior?
GT – Essa é uma parceria tranquila. O prefeito Francisco José Júnior
tem o nosso mandato à sua disposição. Fui o segundo deputado mais votado
por Mossoró e tenho certeza que vamos cumprir com todos os compromissos
cumprindo nosso papel de legislador ajudando Mossoró e ainda toda a
região do Alto-Oeste. Temos várias ações para Mossoró, como o próprio
Restaurante Popular. Iremos requisitar ao Governo do Estado uma carreta
móvel para a realização de exames de alta complexidade para o Centro de
Diagnóstico, vamos nos empenhar para melhorarmos a situação da Uern e
também do Aeroporto de Mossoró, a instalação do Parque da Cidade, entre
outras coisas que o município de Mossoró precisa para o seu
desenvolvimento.
GO – Especula-se, sobretudo em Mossoró, que existe ou
existiram problemas nas relações entre Galeno Torquato e Francisco José
Júnior. O que existe de verdade e mito nestas especulações?
GT – O que há de verdade é que Francisco José Júnior venceu a disputa
eleitoral contras as oligarquias em Mossoró. E aqueles que perderam
passam o tempo todo gerando intrigas, estimulando inverdades e
efetivamente tentando atrapalhar a gestão do prefeito. Como se constata,
as oligarquias não estão preocupadas com Mossoró, mas apenas com a luta
política dos seus próprios interesses.
GO – O senhor foi amplamente votado em Mossoró, fato que
gerou enorme responsabilidade de seu mandato junto à cidade. O que os
mossoroenses podem esperar do médico Galeno Torquato como deputado
estadual e, principalmente, na condição de representante do município no
Poder Legislativo do Rio Grande do Norte?
GT – Eu já respondi algo parecido durante a campanha. Assumi o
compromisso de defender Mossoró e lutar por seus interesses para
melhorar a qualidade de vida do mossoroense e acelerar o desenvolvimento
da cidade. Estou fazendo isso, sempre pronto para defender os legítimos
pleitos de Mossoró.
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